terça-feira, novembro 6

Salão de Tókio

Honda CR-Z

A Honda apresentou o conceito CR-Z, sigla para Compact Renaissance - Zero. O nome é uma expressão que representa o renascimento do design de compactos da Honda, recomeçando da estaca zero. Desenhado para ter uma aparência futurista e dinâmica, o CR-Z fica muito próximo ao chão, e as rodas de 19 polegadas ajudam a reforçar a esportividade do modelo. As linhas suaves ao longo do teto de vidro e da traseira foram feitas para reduzir resistência do ar e melhorar a aerodinâmica. Outro ponto que mereceu atenção especial dos designers foi a visibilidade do motorista, em ambas as direções. Na frente, faróis de LED em formato agudo, transmitindo a imagem de velocidade. Atrás, uma combinação de lâmpadas em forma de tubo. Na lateral, retrovisores estilosos que apesar de pequenos proporcionam um campo de visão maior. O interior possui um visual hi-tech, com um acabamento em neon azul percorrendo todo o painel de instrumentos e o console central. Os bancos esportivos, cobertos por um material com aspecto de rede, dão maior estabilidade ao motorista e aos passageiros durante as curvas.


Mazda Taiki


É o irmão mais novo de Nagare, Ryuga e Hakaze, o quarto carro da “família Nagare”. O estilo fluido e emocional do Nagare foi refinado e levado um passo à diante no Taiki, um esportivo de dois lugares com ar high tec que reflete a evolução do tema criado pelos designers da Mazda. Seu nome é uma referência à atmosfera, ao ar, uma indicação de sua preocupação aerodinâmica. Para tentar “expressar visualmente o deslocamento do ar”, os criadores do carro buscaram inspiração na imagem de um par de Hagoromo flutuando no céu. De acordo com a lenda japonesa, eles são mantos mágicos que faziam a virgem celestial voar. Já no interior a inspiração foram os desenhos de carpas que os japoneses usam em objetos decorativos. A intenção dos designers foi criar a sensação de que o movimento do ar dentro do cockpit está sendo visualmente descrito no desenho do painel, dos assentos e do acabamento.


Nissan Pivo 2



Um carro elétrico baseado no conceito de mesmo nome também revelado no evento da capital japonesa, em 2005. Basta uma rápida olhada para notar que não se trata de um veículo comum, mas o visual é apenas uma pequena parte das novidades. Movido por baterias de íon-lítio, seu grande barato é a cabine rotativa, que gira 360 graus, tornando a marcha ré desnecessária. Além disso, cada uma das quatro rodas é dotada de um motor elétrico avançado e pode virar até 90 graus, permitindo ao Pivo 2 andar não só de frente, mas também de lado (no melhor estilo caranguejo). Se a ré já havia tornado obsoleta no primeiro Pivo, a segunda geração levou a questão da mobilidade a outro nível. Com ela, manobrar para estacionar virou coisa do passado. O Pivo 2 é equipado com um “agente robótico” capaz de conversar com o motorista em japonês ou inglês. Ele não só entende as funções básicas de direção, mas também consegue encontrar a vaga disponível mais próxima.


Nissan Round Box


O protótipo é um compacto conversível voltado para o público jovem, projetado para facilitar a interação entre os quatro passageiros, para que eles curtam juntos o ar fresco, a velocidade e o uso de dispositivos de alta tecnologia. Um sistema eletrônico de comunicação permite que motorista e passageiros compartilhem entretenimento e informação durante o passeio. Os passageiros podem, por exemplo, procurar por lojas e restaurantes usando os monitores instalados no banco de trás e mandar as instruções para o motorista. Além disso, o espaço físico foi desenhado de forma a facilitar a interação entre as pessoas, eliminando as divisões entre os assentos. “Seu desenho combina bancos casuais, que oferecem facilidade de acesso e movimentação lateral, com um encosto que mantém o corpo em seu lugar com segurança”, explica o designer Kaoru Sato. Segundo Tatsuya Shiosaki, do departamento de produtos avançados, o Round Box foi inspirado na atmosfera de um bar esportivo. “Esses locais oferecem um espaço agradável, livre de estresse, onde os amigos podem passar algum tempo juntos e ao mesmo tempo curtir a adrenalina de estar em uma montanha-russa sem correr nenhum risco”, afirma. Para aumentar essa sensação de velocidade, os designers instalaram painéis de vidro próximos ao solo em ambos os lados do carro, permitindo que todos vejam o rápido deslocamento do carro como se estivessem em uma moto. Uma combinação no mínimo incomum de elementos heterogêneos, que juntos parecem ter encontrado harmonia.


Nissan NV200


Chamada de “ferramenta de trabalho inteligente para uma nova geração de profissionais ativos”, a van combina o visual emocional da dianteira com a tradicional “caixa” de carga na traseira, criando um design diferenciado em relação ao que existe nesta categoria. “Um veículo comercial tem uma tarefa específica para cumprir, mas isso não é motivo para desenhar um carro totalmente racional. Na NV200, a função se torna estética. Ela é uma ferramenta altamente eficiente, mas com um toque humano”, conta Shiro Nakamura, vice-presidente e chefe de criação da Nissan. Mas é no interior onde estão as grandes inovações. O espaço para carga abriga um compartimento que pode ser customizado de acordo com as necessidades do cliente, com armários, gavetas e outras funcionalidades que permitem guardar diversos tipos de equipamentos e materiais. A inspiração inicial para a equipe de designers - comandada por Ryoichi Kuraoka, no Japão, e Stephane Schwarz, Martin Uhlarik e Hironori Oyama, na Inglaterra – foi criar uma van para um fotógrafo marinho, que precisava de espaço para guardar seus equipamentos de mergulho, separar roupas secas de molhadas, trabalhar em seu computador e, às vezes, até dormir no carro durante suas expedições. O resultado deixou todos muito animados na Nissan, tanto que a empresa falou em “revolucionar” o mercado de vans nos próximos anos. Pode não ser para tanto, mas o fato é que o conceito básico, embora desenvolvido para responder a necessidades bastante específicas, tem enorme potencial para atender a uma grande variedade de clientes.


Toyota RiN

Projetado para oferecer conforto acima da média para motoristas e passageiros, ele tem como objetivo promover um estilo de vida saudável e sereno na busca por uma relação mais harmoniosa entre sociedade e natureza. Seu design foi inspirado na árvore Yakusugi, uma espécie de cipreste japonês, que tem raízes profundas e alcança grandes alturas. A escolha de cores reflete bem o tema, com o verde profundo do exterior contrastando com o bege do interior na tentativa de conferir uma aparência “natural” ao carro. Portas deslizantes e janelas mais baixas formam uma espécie de “caixa de vidro”, cuja coloração esverdeada promete reduzir a incidência de raios ultravioleta e infravermelho no interior do veículo. Segundo os designers, essas características melhoram a visibilidade e o conforto dos ocupantes, que podem enxergar com mais clareza a natureza do lado de fora, criando assim um sentimento de harmonia com o ambiente ao seu redor.


Toyota Hi-CT

A proposta é criar um veículo ao mesmo tempo prático e divertido, que reflita o estilo de vida do jovem urbano por meio de um visual de vanguarda e de uma grande variedade de configurações. O Hi-CT tem um baú traseiro removível, que abre espaço para um deque onde podem ser carregados pranchas de surfe, bicicletas e outros equipamentos. Chamado pela Toyota de “hi-ride city truck”, ou caminhão urbano de alta performance, ele é movido a eletricidade e pode ser recarregado a partir de uma fonte externa de energia. O protótipo também possui uma tomada acessória interna que pode ser utilizada para alimentar uma variedade de aparelhos eletrônicos dentro do carro, permitindo aos ocupantes usar computadores, jogos e outros dispositivos durante a viagem sem se preocuparem com a bateria.


Toyota i-REAL

É um veículo de mobilidade pessoal que resulta da evolução de modelos anteriores propostos pela Toyota, como o PM, o i-Unit e o i-Swing. Segundo a empresa, é também um passo adiante para a comercialização deste tipo de veículo em um futuro próximo. O i-REAL tem três rodas e distância entre eixos variável. Em baixa velocidade, ela é curta para permitir manobras mais seguras e fáceis em ambientes cheios de pedestres. Em velocidades maiores, o entre eixos aumenta, baixando o centro de gravidade para melhorar o desempenho e a dirigibilidade. Sensores de perímetro detectam a presença de pedestres e outros veículos ao redor do i-REAL, alertando o motorista para o perigo de colisão e compensando a ausência de espelhos retrovisores.

Mas parece uma cadeira de rodas do futuro...

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